Pare e pense.
Quantas vezes você comprou algo que após o efeito “euforia de consumo”, por sinal, cada vez menos duradouro, percebeu que a maravilhosa aquisição, na realidade, não era tão maravilhosa assim...
Isso em curto prazo; imagine, agora, após alguns dias ou meses. Mais um “estorvo” como dizia minha saudosa avó.
Um problema que parece ser pouco notado pelas pessoas é o consumo compulsivo. Ele não é apenas um simples problema ligado a fatores econômicos ou sociais e possui semelhança a uma doença, o consumidor compulsivo é aquele que compra mais do que necessita, quando não necessita ou, até mesmo, o que não tem a menor serventia, apenas busca satisfazer-se com a subjetiva sensação de compra ou a possessiva idéia em ter um objeto.
“Quando olhamos mais perto vemos que estas pessoas buscam um alívio para sensações de carência e ansiedade, e o mal-estar é provisoriamente apaziguado com o comportamento de consumo. Porém como o comprar não é o que de fato a pessoa precisa, ela estará sempre comprando, num processo que tende ao infinito”, explica o psicólogo clínico Artur Scarpato.
Qual a diferença entre o consumidor compulsivo e o endividado, que não consegue pagar suas dívidas?
“Quando olhamos mais perto vemos que estas pessoas buscam um alívio para sensações de carência e ansiedade, e o mal-estar é provisoriamente apaziguado com o comportamento de consumo. Porém como o comprar não é o que de fato a pessoa precisa, ela estará sempre comprando, num processo que tende ao infinito”, explica o psicólogo clínico Artur Scarpato.
Qual a diferença entre o consumidor compulsivo e o endividado, que não consegue pagar suas dívidas?
A psicoterapeuta Olga Tessari fez outro questionamento: “Por que esta pessoa não consegue pagar as suas dívidas?”.
Uma coisa é a pessoa endividar-se por ter perdido o emprego ou alguma outra intempérie deste tipo. “Outra coisa bem diferente é aquela pessoa que contrai dívidas acreditando ser capaz de pagá-las no futuro, mesmo não tendo dinheiro disponível no momento para isso e nem sabendo de onde virá o dinheiro para tanto”, considera que uma pessoa está nesse quadro a partir do instante em que ela “compra por comprar” ou porque “o preço estava bom”, sem que tenha alguma utilidade para se servir daquilo. Vale dizer que o ato de comprar parece ‘aliviar’ a sua ansiedade.
A insatisfação e a infelicidade estão muito presentes porque a alegria da compra se esgota rapidamente, e cada vez mais rápido, a pessoa logo sente necessidade de buscar um novo alívio no consumo, como um drogado atrás da promessa de prazer na próxima dose.
Principais sintomas:
1 - sensação de felicidade e estase ao saber que a compra foi a aprova e ao sair com sacolas de lojas;
2 - admiração por vitrines e manequins;
3 - perspicácia ao analisar com detalhes o interior de uma loja em pequeno intervalo de tempo;
4 - parcelamento de dividas de faturas anteriores, ou, ate mesmo, pagamento mínimo das mesmas;
5 - comprometimento de dinheiro de outras despesas em coisas desnecessárias;
6 - medo de não comprar e perder a oportunidade de comprar algo que parece ser tão necessário;
7 - atração por parcelamento devido à alusão: " Dividimos sem juros no cartão."
8 - estourar limite de cartão, pensar em aumentar o limite ou, quando isso não for possível, gastar em cartões alheios ou se envolver com empréstimos bancários, agiotas ou algo parecido para quitar dividas inadimplentes;
9 -vontade presentear pessoa queridas fora de época;
10 - sentimento de perda quando se pensa em cancelar, bloquear ou quebrar o cartão de credito.
O consumo compulsivo é um estado de sofrimento psicológico que necessita atenção e cuidado, pois as pessoas que possuem esse mal têm problemas afetivos compensados pela compra desenfreada.
É a pura verdade que às vezes, algumas pessoas sempre, compramos coisas para nos compensar de algum sofrimento ou carência...seria interessante que as pessoas descobrissem o prazer de poupar...outro dia comentei com meu marido que ver o saldo de uma aplicação crescendo aos pouquinhos é tão prazeroso quanto gastar (ou pelo menos quase, rsrs...). Vale tentar pelo menos estipular uma quantia para poupar e um prazo a ser cumprido como condição para se adquirir um bem que se deseje muito. No mínimo se adia a dívida...
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