segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO FINANCEIRA PARA AS ORGANIZAÇÕES E O GOVERNO


Lidando diariamente com a coordenação, implantação e auditorias em Sistemas de Gestão, grande parte no Setor Público, o contato com todos os níveis dessas Organizações é inevitável e, até como forma de aproximação ao funcionário, assuntos pessoais tornam-se constantes.

O impressionante na maioria das conversas foi o número de pessoas que, declaradamente, encontra-se em situação financeira preocupante ou mesmo caótica, considero um indicador importante ao Escalão Superior (Alta Direção); muitos se considerando totalmente incapazes de gerir suas dívidas ou de sua família.  

Esse fator é preponderante para avaliarmos uma queda de produção ou mesmo altos índices de acidentes de trabalho, ou seja, a falta de uma disciplina e educação financeira.

Um estudo do professor E. Thomas Garman, da Virginia Tech University, nos Estados Unidos, confirmava o que eu já detectava empiricamente, mostrando a importância do equilíbrio financeiro dos funcionários na produtividade das empresas. Pesquisas mostram que empregados com problemas financeiros são os que apresentam maiores índices de faltas, atrasos e até acidentes pessoais.

A solução apresentada por Garman é adoção de "Programas de Educação Financeira" pelas empresas. Para o nosso país essa alternativa pode ser tomada facilmente pelas empresas através das SIPAT (Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho) e controlada como um indicador gerencial pela CIPA (Comissão Interna de Prevenção a Acidentes).

Considerando resultados nos treinamentos sobre Princípios de Gestão da Qualidade, proporcionando ganhos reais e economia relevante às empresas que adotam essa forma de conscientização; considero irrefutável que profissionais de RH, apoiados pela Alta Direção, pensem na segurança de seus colaboradores, já que eles não dispõem de meios preventivos em função das questões financeiras.

É importante assim que se desenvolva um trabalho gradativo de pesquisa social e educação financeira. Na qual o colaborador adéqüe seu nível de vida aos seus rendimentos, incluindo neles os sonhos.

Além de reduzir problemas com o trabalhador a educação financeira fará com que ele perceba que os rendimentos mensais que recebe são suficientes, diminuindo as reclamações. Enfim, apenas com essa simples ação de incluir nos benefícios dos trabalhadores a educação financeira uma empresa consegue reverter boa parte de seus problemas com os colaboradores.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

PROFISSÕES DE UM FUTURO NÃO DISTANTE


Previsões para tendência na criação e extinção de qualquer profissão, ainda mais nos dias de hoje, baseando-se no fato que a informação é instantânea, sempre estará arraigada no campo fértil das suposições.  Apesar de o assunto referir-se ao que há de consensual nas opiniões dos especialistas quanto ao futuro das profissões e do mercado de trabalho, a primeira constatação, após a consulta a mais de uma centena de fontes, é que não há nenhum consenso sobre esse assunto.

Duas correntes, bem distintas, ou mesmo antagônicas, são formadas a partir do mesmo contexto: Velocidade da informação. Encontramos os pessimistas que acreditam em um futuro incerto e sombrio, onde grande parte da população ficará desempregada ou subempregada devido às necessidades de especializações não supridas pelas escolas e cursos convencionais. Em contrapartida, alguns apostam em um futuro radiante, com oportunidades crescentes e a ociosidade sendo valorizada cada vez mais.

Acredito que devemos considerar ambas as hipóteses quanto às incertezas do futuro, devemos acompanhar as tendências e encarar as infinitas possibilidades de análises baseadas em cenários altamente voláteis, ou seja, há apenas uma certeza: empregos e profissões mudarão muito nas próximas décadas.

Mais que um fato, o paradoxo dessa época em que as taxas de desemprego aumentam em todo o mundo, é que as empresas apresentam, cada vez mais, uma carência crônica de mão-de-obra especializada, e o motivo já é conhecido; falta formação na velocidade e, principalmente, com a qualidade que a demanda necessita.

Partindo dessa problemática, o perfil do novo profissional não está mais forjado por currículos longos e repletos de cursos, muitas vezes, irrelevantes; sendo assim, o profissional do futuro deverá ser qualificado a partir do conhecimento gerado com experiências específicas e aprofundado em determinado assunto, autodidata em técnicas, que de tão contemporâneas, serão testadas e validadas na mesma velocidade da evolução tecnológica de bens e reestruturação na prestação de serviços. O lema será a pro atividade, não aquela muito difundida na terminologia de qualidade, mas em um sentido pessoal, a vontade de criar um ambiente propício a evolução dentro do conhecimento, um crescimento pessoal e de consciência.


Alguns setores, os quais reputo, de maior probabilidade de crescimento para as próximas décadas:

·         Informática;
·         Saúde;
·         Meio Ambiente;
·         Turismo, lazer e entretenimento
·         Biotecnologia;
·         Gestão por Processos e de Pessoas;
·         Tecnologia da Informação;
·         Terceiro Setor;
·         Educação a Distância.

domingo, 5 de dezembro de 2010

PRECISA-SE DE LOUCOS

Por Madalena Carvalho



De loucos uns pelos outros! Que em seus surtos de loucura espalhem alegria; com habilidades suficientes para agir como treinadores de um mundo melhor, que olhem a ética, respeito às pessoas e responsabilidade social não apenas como princípios organizacionais, mas como verdadeiros compromissos com o Universo.

Precisa-se de loucos de paixão, não só pelo trabalho, mas principalmente por gente, que vejam em cada ser humano o reflexo de si mesmo, trabalhando para que velhas competências dêem lugar ao brilho no olhar e a comportamentos humanizados.

Precisa-se de loucos de coragem para aplicar a diversidade em suas fileiras de trabalho, promovendo igualdade de condições sem reservas, onde as minorias possam ter seu lugar, em um ambiente de satisfação e crescimento pessoal, independente do tamanho do negócio, segmento ou origem do capital.

Precisa-se de loucos visionários que, além da prospecção de cenários futuros, possam assegurar um novo amanhã, criando estratégias de negócios que estejam intrinsecamente ligadas às estratégias das pessoas.

Precisa-se de loucos por novas tendências, mas que caminhem na contramão da história, ouvindo menos o que os gurus têm a dizer sobre mobilidade de capitais, tecnologia ou eficiência gerencial e ouvindo mais seus próprios corações.

Precisa-se de loucos poliglotas que não falem inglês, espanhol, francês ou italiano, mas que falem a língua universal do amor, do amor que transforma, modifica e melhora, pois, palavras não transformam empresas e sim atitudes.

Precisa-se simplesmente de loucos de amor; de amor que transcende toda a hierarquia, que quebra paradigmas; amor que cada ser humano deve despertar e desenvolver dentro de si e pôr a serviço da vida própria e alheia; amor cheio de energia, amor do diálogo e da compreensão, amor partilhado e transcendental.

As Organizações precisam urgentemente de loucos, capazes de implantar novos modelos de gestão, essencialmente focados no SER, sem receios de serem chamados de insanos, que saibam que a felicidade consiste em realizar as grandes verdades e não somente em ouvi-las.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

INVISTA EM SUSTENTABILIDADE


Pensar em Sustentabilidade é, para qualquer cidadão, vislumbrar a preservação do meio ambiente e deixar o planeta habitável para as próximas gerações; importantíssimo foco, porém, analisado pontualmente (como único aspecto sustentável) torna-se um tanto quanto intangível e desconexo da nossa realidade, impossível participar dessa empreitada solitária e sem um retorno imediato. 

A sustentabilidade é muito mais do que princípios de preservação ambiental, ela irá mudar o panorama competitivo e remodelar as oportunidades de emprego e as transições que as empresas enfrentam, formará uma consciência de melhoria contínua e responsabilidade social.

A busca por lucratividade baseada em processos sustentáveis é, hoje, uma realidade, que visa ao equilíbrio entre três pilares - ambiental, econômico e social, para obtenção de bons negócios:

Ambiental: conscientizando cada cidadão no tocante ao respeito pela natureza, a coexistência da preservação e desenvolvimento, melhoria na qualidade de vida e manutenção das espécies no planeta, entre outras;

Social: conscientizando o indivíduo sobre a importância do respeito ao Meio Ambiente, automaticamente, o respeito ao próximo é incluso no “pacote”, pois ao respeitar o planeta, passamos pela valorização da dignidade de todo o seu conteúdo, inclusive a raça humana;

Financeiro: conscientizado, finalmente, um cidadão inicia um novo caminho, passa a enxergar o óbvio, porém embaçado anteriormente pelo desconhecimento; sustentabilidade é um negócio lucrativo para todos, melhora a qualidade de vida, a convivência harmônica entre as pessoas e gera economia e oportunidades.   

Em uma gestão responsável é preciso que as práticas sustentáveis sejam multiplicadas entre todos os atores envolvidos, os chamados stakeholders. Fornecedores, parceiros, clientes e até mesmo consumidores e governos, devem estar comprometidos com a causa.

Portanto, a sustentabilidade exige a convergência de mercados em busca de objetivos comuns, buscando ações e ferramentas que contribuam para essa integração. Ao percebermos que apostar em crescimento sustentável é investimento e não despesa, tanto para empresas privadas como para o setor público, todos sairão beneficiados.

Do lado corporativo, além de fortalecer as estruturas da empresa no mercado, oferecendo credibilidade e confiabilidade à marca, a visão sustentável também auxilia a companhia na aquisição de créditos e contribui com a eficiência do negócio, gerando maior lucratividade.

As principais bolsas de valores do mundo, incluindo a BMF&Bovespa, possuem índices diferenciados para os negócios sustentáveis e suas ações têm mostrado uma estabilidade maior do que as outras, mesmo em tempos de crise. Os bancos de varejo disputam a posição do “mais sustentável”, afinal, esse valor significa ainda mais segurança no longo prazo.

No Brasil, o investimento em controle ambiental das indústrias passou de R$ 2,2 bilhões, em 1997, para R$ 4,1 bilhões, em 2002, dados da Pesquisa Industrial Anual. Cada vez mais, é preciso estar atento aos novos nichos de mercado. Principalmente em tempos de crise, os negócios “verdes” podem gerar grandes oportunidades de negócio.

A ONU estima que a economia “verde” deverá contribuir, no mundo, com mais de 20 milhões de empregos até 2030. Esperamos que essas estimativas cresçam ainda mais e que, com uma maior consciência, possamos romper com o atual processo de desenvolvimento a qualquer custo para alcançar o desenvolvimento sustentável, basta observar a queda de braço ente os EUA e a China, todos estão perdendo.

O mercado começa a procurar profissionais que entendam da junção entre sustentabilidade e geração de negócios lucrativos. O profissional sustentável de hoje precisa também gerar lucro, ser pós-graduado na área de sustentabilidade ou, pelo menos, ter grande experiência, o que é muito difícil quando partimos do princípio da novidade do tema; enfim, deve ser proativo e desenvolver ações, mesmo que no terceiro setor (ONGs).

Desenvolva e passe adiante slides PowerPoint ou vídeos do Youtube, encaminhe para seus amigos essas mensagens sobre Sustentabilidade, Preservação da Natureza e Responsabilidade Social.