quarta-feira, 30 de março de 2011

A CULPA É DA ESCOLA?


A palavra Sustentabilidade  tem tomado um contexto de modismo, pautando por diversas formas de se manter o meio ambiente o mais intacto possível sem esquecermos o famigerado “Progresso”, chega a ser impraticável dentro de uma lógica mediana; todavia muito é dito e defendido a respeito de sua otimização, com bases não-predatórias, mas visando a ascensão do consumismo, aproveitando, através de recursos próprios, como o material descartado que pode ser reciclado, esquecendo que para isso necessitamos de energia, e muita por sinal.

A melhor definição que encontrei para essa palavra foi:

“Suprir as necessidades  da geração presente sem afetar a habilidade das gerações futuras de suprir as suas”.

Deixo duas perguntas referentes a essa afirmativa:

Como mensuramos nossas reais necessidades atuais?

O que ensinamos as futuras gerações (nesse caso nossos filhos) sobre as suas reais necessidades?

Encontrar novas formas de se educar os futuros inquilinos do planeta, na maioria das vezes, desprovidos de informações fundamentais à qualidade de vida pessoal e coletiva, além de desafiador, transforma-se em uma batalha titânica. Para a conveniência de grande parcela da humanidade, a escola é a maior referência e responsável pela conscientização de nossas crianças.
Discordo em parte. Dentro dessa linha de pensamento, pesquisadores desenvolvem diariamente técnicas de reaproveitamento de materiais e utilização de outros menos impactantes, ao mesmo tempo, nossos professores realizam inúmeros trabalhos voltados à conscientização ambiental, estimulando as atitudes ecologicamente corretas; até mesmo o Governo assume pequena parcela de responsabilidade e busca informar a sociedade.
E nós, como pais, colaboramos com alguma coisa?
Infelizmente não, quando não alienamos nossos filhos com padrões fúteis de consumismo; achamos muito erudito falar em Sustentabilidade com os amigos, mas mudamos o discurso em nossos lares.
O trinômio da sustentabilidade, responsabilidade social, econômica e ambiental não faz parte do dia-a-dia no seio da família, pois buscamos educar nossos filhos para vencerem na vida, mesmo que outro seja explorado; que eles vivam de aparência (como nós mesmos vivemos), educação financeira é caretice; que possam consumir cada vez mais e mais, independente da necessidade de cada um.
Resumindo, fazemos tudo ao contrário, queremos deixar um mundo melhor, mas com cidadãos cada vez piores. Assim, quem precisa aprender somos nós, voltarmos aos bancos escolares ou ouvirmos mais nossos filhos; não deixaremos um mundo melhor para nossos filhos se não entregarmos filhos melhores ao mundo.
Fred Domingos

sábado, 26 de março de 2011

A HORA DA TERRA


A iniciativa começou no ano passado, em Sydney (Austrália): no dia 31 de março de 2007, às 8 da noite, 2,2 milhões de pessoas e 2.100 empresas resolveram chamar a atenção para o aquecimento global apagando suas luzes - cuja energia é gerada a partir da queima de carvão - durante uma hora.

O feito gerou uma redução de 10,2% no gasto energético da cidade durante a manifestação e, se tivesse sido repetido todos os dias, nos últimos 12 meses, a contribuição para a redução do aquecimento global seria equivalente a deixar 48.616 carros fora de circulação por um ano.

Mas mais do que resultados práticos, com a adesão de pontos estratégicos de Sydney, como a Torre Harbour e a Casa de Ópera, e com eventos marcados para o horário sendo realizados à luz de velas, a idéia chamou a atenção de outros lugares do mundo, serviu de inspiração e tomou proporções globais.

Este ano, o Earth Hour - iniciativa do WWF-Austrália com o apoio da Rede WWF  - deve acontecer em 24 países, neste sábado, 29 de março. Segundo o TreeHugger , tirando a Austrália - onde um em cada 420 habitantes deve aderir ao movimento -, o Canadá é o país mais empolgado: enquanto, nos EUA, uma em cada 5.347 pessoas vai apagar as luzes, um em cada 606 canadenses resolveu aderir à causa.

Desta vez, o Brasil não vai participar oficialmente do Earth Hour. Segundo a WWF-Brasil, a equipe no país ainda é muito pequena e não teve condições de desenvolver ações para mobilizar a população, mas apóiam o evento e incentivam as pessoas que quiserem participar.

Ao contrário de muitos países do mundo que utilizam combustíveis fósseis para produzir energia elétrica, no Brasil, 85% é de fonte hidroelétrica, que produz muito menos CO2. Dessa forma, nossas luzes apagadas não contribuiriam tanto para a redução do aquecimento global quanto as de outros países. No entanto, pode ser um alerta para o aumento, nos últimos anos, do número de termelétricas e usinas a carvão e gás natural construídas em nosso país.

"A mensagem para os brasileiros que participarem do Earth Hour é um pouco diferente da mensagem para os europeus", afirma Karen Suassuna, técnica em mudanças climáticas e energia da WWF-Brasil. "A energia a partir da água é renovável, mas as hidrelétricas desalojam pessoas e inundam grandes áreas. Em 2001, tivemos uma boa lição de que não podemos desperdiçá-la". Segundo Karen, a ação é, acima de tudo, um sinal coletivo de que as pessoas estão preocupadas com o assunto: "O intuito é dizer que queremos fazer a diferença para o meio ambiente nos níveis em que precisamos atuar".








 Afinal, sábado à noite tudo pode mudar!


Fonte: http://planetasustentavel.abril.com.br

terça-feira, 22 de março de 2011

CONHEÇA OS REQUISITOS DA NBR ISO 14001:2004 E TENHA UM LAR SUSTENTÁVEL – PARTE III


Conforme vimos no post anterior, o primeiro passo para adotarmos em nosso lar uma postura sustentável é a identificação dos maiores “Vilões’ da natureza e do nosso bolso e ainda, como percebemos, cada lar possui características e aspectos ambientais com relevâncias diferentes.

Coletadas as informações, tabuladas e valoradas nas tabela disposta na Parte II, passaremos ao momento de definirmos objetivos e estabelecermos Metas.

Segundo a NBR ISO 14001:2004:

4.3.3 – Objetivos, metas e programas:

A organização deve estabelecer, implementar e manter objetivos e metas ambientais documentados, nas funções e níveis relevantes na organização.

Em nosso lar, devemos entender que, objetivos e metas devem ser mensuráveis, possíveis de serem atingidos (exeqüíveis), e coerentes com a realidade da família, incluindo-se os comprometimentos de todos os membros com o que foi acordado.

Ao estabelecer e analisar seus objetivos e metas devemos considerar as medidas mais simples e baratas para a receita doméstica, bem como a conscientização de todos sobre a política dos 3 R’s – Reduzir, Reaproveitar e Reciclar.

Devemos, assim, estabelecer, implementar e manter espécies de programa(s) para atingir esses objetivos através da conclusão de metas.

Esse(s) programa(s) deve(m) incluir:

a) atribuição de responsabilidade dentro do lar para atingirmos os objetivos e metas; lembrem-se que é uma ação coletiva e envolve toda família, e

b) os meios e o prazo no qual eles devem ser atingidos.

Exemplo de uma Tabela de Acompanhamento de Programas:

Aspecto Ambiental- Programa
Prioridade
Descrição de ações tomadas
Objetivo
Meta
Responsável
Prazos
Indicador


































É recomendado que os objetivos e metas sejam específicos e mensuráveis, sempre que possível. Por exemplo, a diminuição no consumo mensal de água, o parâmetro será sempre a conta da Cia de Abastecimento e Saneamento (nesse caso lembrem-se que pagamos em dobro pela água que entra e esgoto que sai). O Objetivo é a economia constante do recurso hídrico (água) e da renda familiar também, já as metas serão mensais e pautadas pela diminuição gradual no consumo.

A criação e o uso de um ou mais programas são importantes para a implementação bem-sucedida de um sistema da gestão ambiental em nosso lar. É recomendado que cada programa descreva como os objetivos e metas serão atingidos. Por exemplo, programa de diminuição no consumo de energia elétrica, diminuição no consumo de água, coleta seletiva e destinação adequada de recicláveis, etc.

Observem que em todos os programas podemos identificar os três requisitos da Sustentabilidade, ou seja, responsabilidade social, econômica e ambiental.

Bem, após desenvolvidos os programas, cabe a sua manutenção, responsabilidade essa de toda a família, a qual será diretamente beneficiada.

Meus amigos, termino essa série de 3 Posts desejando que o pouco descrito aqui gere a curiosidade, e a curiosidade gere pesquisa e a pesquisa ação; isso é evolução e a melhoria só existe oriunda desse processo.

Seu bolso agradecerá; a Natureza já nos agradece. Todos os dias, nos possibilitando continuar nossa jornada e das gerações futuras também.

Muita paz e consciência a todos.