domingo, 1 de maio de 2011

A INOVAÇÃO VEM DO CORAÇÃO


Para tudo na vida sempre teremos duas escolhas, em casa ou no trabalho, em sociedade ou no seio da família, todo impasse terá inúmeros desdobramentos, mas apenas dois meios possíveis; poderemos encarar o problema e resolvê-lo através da eliminação de sua causa, ou paliativamente fugir, deixar que o “tempo” se encarregue de resolvê-lo, e quando muito “enxugar gelo” com a administração empírica dos efeitos.


Estamos em um momento de transição nunca antes enfrentado, em um bom sentido para os espíritos aventureiros, não tão bom aos derrotados de plantão; todavia, a afirmação é unânime, estamos passando por momentos de ajustes severos em todos os níveis da sociedade, na família e no próprio ser individual.


Seria lógico imputar à mente humana o fator de solução aos desafios contemporâneos, afinal quem pode solucionar nossos problemas, encaminhar nosso barquinho chamado vida a um “porto seguro.” Parece óbvio, mas não é...


Quando afirmamos que a mente pode levar-nos a todas soluções necessárias ao bom desenvolvimento em nossos relacionamentos pessoais, trabalho e até dilemas pessoais, esquecemos que nossa mente só consegue resolver problemas que já foram enfrentados antes e, com base em aspectos lógicos e confrontação de situações, chegamos as soluções possíveis.


Só uma questão:


-Estamos encarando situações comuns e freqüentemente enfrentadas por cada um de nós?


Acredito que não, as Instituições estão mudando, os executivos estão mudando, nossos filhos estão mudando, nossos relacionamentos estão mudando, os governos estão mudando, nada é como era a poucos (pouquíssimos) anos.


Agora voltamos ao primeiro parágrafo, sim, pois no momento em que nossa razão (entenda a nossa mente) se depara com algo novo, somos tomados pelo MEDO, e a decorrência disso é trágica, pois escolheremos sempre a segunda forma de solucionar determinados problemas; ou seja, nos preocupamos com o efeito, nos iludimos e “enxugamos gelo” acreditando que tivemos uma saída genial, nos fechamos para as opiniões de amigos e familiares, passamos a ser cada vez mais individualistas.


Gostaria de deixar alguns conceitos deixados por Willian Edward Deming, principalmente verificados em seu livro “A Nova Economia”, que já nas décadas de 40 e 50 já projetavam as mudanças que nos dias de hoje seriam inevitáveis; pautado em 14 pontos principais necessários a evolução da Escola, do Governo e das Organizações, sendo assim deixo os que considero pertinentes ao assunto:


Livrar-se do Medo


Deve ser encorajada a comunicação entre todos e outros meios para eliminar o medo que possa permear a organização de forma que todos possam trabalhar efetivamente e de forma mais produtiva para a organização.


Quebrar barreiras


Devem ser eliminadas as barreiras entre Organizações, departamentos e pessoas.  As pessoas em áreas diferentes, como operacional, manutenção, administração, possam trabalhar em equipe para enfrentar problemas que possam ser encontrados na organização, na família, no Governo, etc. Devemos desenvolver relacionamentos considerados “quânticos” entre as pessoas, afinal fazemos parte de um organismo vivo chamado sociedade.


Eliminar as exortações


Acabar com o uso de slogans, posters e exortações para os trabalhadores, para os elementos da família em detrimento de outro.  Tais exortações apenas criam relações conflituosas; o grosso das causas da baixa produtividade e baixa qualidade em Organizações, desajustes familiares e graves desvios de conduta em nossas escolas, estão no sistema adotado atualmente para um pseudo reconhecimento de mérito.


Encorajar a educação


Criar um programa vigoroso de educação e encorajar o auto-desenvolvimento de cada um.  O que uma Organização precisa não é apenas de bons empregados, ela precisa de bons empregados que estejam melhorando com a educação.  O maior bem a ser deixado a nossos filhos é o que ninguém pode roubar, o conhecimento. Melhorias comportamentais tem a sua raiz no conhecimento.


Analisando essas afirmações percebemos que a mente nunca seria capaz de chegar às soluções acima encontradas, a mente gera o medo a cada momento, e hoje o que menos precisamos é de mais medo; a competitividade é fruto da lógica humana, nos encaramos como inimigos potenciais, precisamos de colaboração, e assim cresceremos em outro patamar de evolução, sem competitividade, sem exortações e educando as novas gerações, ensinando a ouvirem mais o coração.

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