domingo, 29 de maio de 2011

KAIZEN: FOCO NA GESTÃO DE SI PRÓPRIO.


"Se você quer transformar o mundo, experimente primeiro, promover o seu aperfeiçoamento pessoal e realizar inovações no seu próprio interior".
Dalai Lama

É uma palavra japonesa que quer dizer "melhoria contínua".
Outro dia recebi uma história muito interessante, chamada "O Tesouro de Bresa", onde uma pessoa pobre compra um livro com o segredo de um tesouro. 
Para descobrir o segredo, a pessoa tem que decifrar todos os idiomas escritos no livro. Ao estudar e aprender estes idiomas começam a surgir oportunidades na vida do sujeito, e ele lentamente começa a prosperar.
Depois ele precisa decifrar os cálculos matemáticos do livro. É obrigado a continuar estudando e se desenvolvendo, e a sua prosperidade aumenta. No final da história, não existe tesouro algum - na busca do segredo, a pessoa se desenvolveu tanto que ela mesma passa a ser o tesouro.
O profissional que quiser ter sucesso e prosperidade precisa aprender a trabalhar a si mesmo com muita disciplina e persistência.
Vejo com freqüência as pessoas dando um duro danado no trabalho, porque foram preguiçosas demais para darem um duro danado em si mesmas. Os piores são os que acham que podem dar duro de vez em quando. Ou que já deram duro e agora podem se acomodar.
Entenda: o processo de melhoria não deve acabar nunca. A acomodação é o maior inimigo do sucesso!!! Por isso dizem que a viagem é mais importante que o destino. "O que você é" acaba sendo muito mais importante do que "o que você tem". A pergunta importante não é "quanto vou ter?", mas sim "no que vou me transformar?". Não é "quanto vou ganhar?", mas sim "quanto vou aprender?". Pense bem e você notará que tudo o que tem é fruto direto da pessoa que você é hoje. 
Se você não tem o suficiente, ou se acha o mundo injusto, talvez esteja na hora de rever esses conceitos.
O porteiro do meu prédio vem logo à mente. É porteiro desde que o conheço. Passa 8 horas por dia na sua sala, sentado atrás da mesa. Nunca o peguei lendo um livro. Está sempre assistindo à TV, ou reclamando do governo, do salário, do tempo. É um bom porteiro, mas em todos estes anos poderia ter se desenvolvido e hoje ser muito melhor do que é. Continua porteiro, sabendo (e fazendo) exatamente as mesmas coisas que sabia (e fazia) dez anos atrás. Aí reclama que o sindicato não negocia um reajuste maior todos os anos. 
Nunca consegui fazê-lo entender que as pessoas não merecem ganhar mais só porque o tempo passou. Ou você aprende e melhora, ou merece continuar recebendo exatamente a mesma coisa.
Produz mais? Vale mais; ganha mais. 
Produz a mesma coisa? Ganha a mesma coisa. 
É simples. Os rendimentos de uma pessoa raramente excedem seu desenvolvimento pessoal e profissional. Às vezes alguns têm um pouco mais de sorte, mas na média isso é muito raro. É só ver o que acontece com o ganhadores da loteria, astros, atletas. Em poucos anos perdem tudo. Alguém certa vez comentou que se todo o dinheiro do mundo fosse repartido igualmente, em pouco tempo estaria de volta ao bolso de alguns poucos.
 
Porque a verdade é que é difícil receber mais do que se é. Como diz o Jim Rohn, no que ele chama do grande axioma da vida: "Para ter mais amanhã, você precisa ser mais do que é hoje".
  
Esse deveria ser o foco da sua atenção. Não é preciso saltos revolucionários, nem esforços tremendos repentinos.

Melhore 1% todos os dias (o conceito de "kaizen"), em diversas áreas da sua vida, sem parar. Continue, mesmo que os resultados não sejam imediatos e que aparentemente/superficialmente pareça que não está melhorando. Porque existe, de acordo com Rohn, um outro axioma... o de não mudar: 

"Se você não mudar quem você é, você continuará tendo o que sempre teve
."

Texto de José Caldas

domingo, 1 de maio de 2011

A INOVAÇÃO VEM DO CORAÇÃO


Para tudo na vida sempre teremos duas escolhas, em casa ou no trabalho, em sociedade ou no seio da família, todo impasse terá inúmeros desdobramentos, mas apenas dois meios possíveis; poderemos encarar o problema e resolvê-lo através da eliminação de sua causa, ou paliativamente fugir, deixar que o “tempo” se encarregue de resolvê-lo, e quando muito “enxugar gelo” com a administração empírica dos efeitos.


Estamos em um momento de transição nunca antes enfrentado, em um bom sentido para os espíritos aventureiros, não tão bom aos derrotados de plantão; todavia, a afirmação é unânime, estamos passando por momentos de ajustes severos em todos os níveis da sociedade, na família e no próprio ser individual.


Seria lógico imputar à mente humana o fator de solução aos desafios contemporâneos, afinal quem pode solucionar nossos problemas, encaminhar nosso barquinho chamado vida a um “porto seguro.” Parece óbvio, mas não é...


Quando afirmamos que a mente pode levar-nos a todas soluções necessárias ao bom desenvolvimento em nossos relacionamentos pessoais, trabalho e até dilemas pessoais, esquecemos que nossa mente só consegue resolver problemas que já foram enfrentados antes e, com base em aspectos lógicos e confrontação de situações, chegamos as soluções possíveis.


Só uma questão:


-Estamos encarando situações comuns e freqüentemente enfrentadas por cada um de nós?


Acredito que não, as Instituições estão mudando, os executivos estão mudando, nossos filhos estão mudando, nossos relacionamentos estão mudando, os governos estão mudando, nada é como era a poucos (pouquíssimos) anos.


Agora voltamos ao primeiro parágrafo, sim, pois no momento em que nossa razão (entenda a nossa mente) se depara com algo novo, somos tomados pelo MEDO, e a decorrência disso é trágica, pois escolheremos sempre a segunda forma de solucionar determinados problemas; ou seja, nos preocupamos com o efeito, nos iludimos e “enxugamos gelo” acreditando que tivemos uma saída genial, nos fechamos para as opiniões de amigos e familiares, passamos a ser cada vez mais individualistas.


Gostaria de deixar alguns conceitos deixados por Willian Edward Deming, principalmente verificados em seu livro “A Nova Economia”, que já nas décadas de 40 e 50 já projetavam as mudanças que nos dias de hoje seriam inevitáveis; pautado em 14 pontos principais necessários a evolução da Escola, do Governo e das Organizações, sendo assim deixo os que considero pertinentes ao assunto:


Livrar-se do Medo


Deve ser encorajada a comunicação entre todos e outros meios para eliminar o medo que possa permear a organização de forma que todos possam trabalhar efetivamente e de forma mais produtiva para a organização.


Quebrar barreiras


Devem ser eliminadas as barreiras entre Organizações, departamentos e pessoas.  As pessoas em áreas diferentes, como operacional, manutenção, administração, possam trabalhar em equipe para enfrentar problemas que possam ser encontrados na organização, na família, no Governo, etc. Devemos desenvolver relacionamentos considerados “quânticos” entre as pessoas, afinal fazemos parte de um organismo vivo chamado sociedade.


Eliminar as exortações


Acabar com o uso de slogans, posters e exortações para os trabalhadores, para os elementos da família em detrimento de outro.  Tais exortações apenas criam relações conflituosas; o grosso das causas da baixa produtividade e baixa qualidade em Organizações, desajustes familiares e graves desvios de conduta em nossas escolas, estão no sistema adotado atualmente para um pseudo reconhecimento de mérito.


Encorajar a educação


Criar um programa vigoroso de educação e encorajar o auto-desenvolvimento de cada um.  O que uma Organização precisa não é apenas de bons empregados, ela precisa de bons empregados que estejam melhorando com a educação.  O maior bem a ser deixado a nossos filhos é o que ninguém pode roubar, o conhecimento. Melhorias comportamentais tem a sua raiz no conhecimento.


Analisando essas afirmações percebemos que a mente nunca seria capaz de chegar às soluções acima encontradas, a mente gera o medo a cada momento, e hoje o que menos precisamos é de mais medo; a competitividade é fruto da lógica humana, nos encaramos como inimigos potenciais, precisamos de colaboração, e assim cresceremos em outro patamar de evolução, sem competitividade, sem exortações e educando as novas gerações, ensinando a ouvirem mais o coração.